UMA INTRODUÇÃO ÀS DOUTRINAS BÁSICAS DA FÉ CRISTÃ
BIBLIOLOGIA
Nº 3 - A INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS
INTRODUÇÃO
Não existe nenhuma
dúvida quanto à inspiração da Bíblia. "Toda a Escritura é divinamente
inspirada" (literalmente: "é dada pelo sopro de Deus"),
declara Paulo. (II Tm. 3:16.) "Porque a profecia não
foi antigamente produzida por vontade de homem algum", escreve
Pedro, "mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito
Santo" (II Pe 1:21).
Assim define Webster a
inspiração: "A influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre a mente
humana, pela qual os profetas, apóstolos e escritores sacros foram habilitados
para exporem a verdade divina sem nenhuma mistura de erro."
A Inspiração das Escrituras é
definida assim:
1. Divina e não apenas humana.
O modernista identifica a
inspiração das Escrituras Sagradas com o mesmo esclarecimento espiritual e
sabedoria de que foram dotados tais homens como: Platão, Sócrates,
Browning, Shakespeare e outros gênios do mundo literário, filosófico e religioso.
A inspiração, dessa forma, seria considerada apenas uma coisa puramente
natural. Essa teoria rouba à palavra inspiração
todo o seu significado e não combina, em absoluto, com o caráter
sobrenatural e único da Bíblia.
2. Única e não comum.
Alguns confundem a inspiração
com o esclarecimento. Refere-se à influência do Espírito Santo, comum a
todos os cristãos, influência que os ajuda a compreender as coisas de Deus. (1
Cor. 2:4; Mat. 16:17.) Quando os homens piedosos da antiguidade meditavam em Deus,
o Espírito Divino vivificava essa faculdade, dando-lhes esclarecimentos
dos mistérios divinos.
Notemos duas diferenças
especificas entre o esclarecimento e a inspiração:
Este ponto de vista admite a
graduação, enquanto a inspiração não admite graduação alguma. Varia de pessoa
para pessoa o grau de esclarecimento, mas no caso da inspiração, no
sentido bíblico, a pessoa ou recebeu ou não recebeu a inspiração.
3. Viva e não mecânica.
A inspiração não significa
ditado, no sentido de que os escritores fossem passivos, sem que tomassem
parte as suas faculdades no registro da mensagem, embora sejam algumas
porções das Escrituras ditadas, como por exemplo os Dez Mandamentos e a
Oração Dominical. A própria palavra inspiração exclui o sentido de ação meramente
mecânica, e a ação mecânica exclui qualquer sentido de inspiração. Deus
não falou pelos homens como quem fala por um alto falante. Antes seu Divino
Espírito usou as suas faculdades mentais, produzindo desta maneira uma
mensagem perfeitamente divina, e que, ao mesmo tempo, conservasse os
traços da personalidade do autor.
4. Completa e não somente parcial.
Segundo a teoria da
inspiração parcial, os escritores seriam preservados do erro em questões
necessárias à salvação dos homens, mas não em outras matérias como sejam:
história, ciência, cronologia e outras semelhantes. Portanto, segundo
essa opinião, seria mais correto dizer que "A Bíblia contém a
Palavra, em lugar de dizer que é a Palavra de Deus".
5. Verbal e não apenas de conceitos.
Segundo outra teoria, Deus
inspirou os pensamentos mas não as palavras dos escritores. Isto é, Deus
inspirou os homens, e deixou ao critério deles a seleção das palavras e das
expressões. Mas a ênfase bíblica não está nos homens inspirados, mas sim
nas palavras inspiradas. "Havendo antigamente falado aos pais pelos
profetas" (Heb. 1:1). "Homens santos de Deus falaram inspirados
pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Por exemplo, os Dez
Mandamentos foram revelados, e Moisés foi inspirado ao registrá-los no Pentateuco.
Pr. João
Germano – 9927-8589 – ogermany@ig.com.br
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