terça-feira, 8 de maio de 2012

CULTO DE EDIFICAÇÃO CRISTÃ Nº 12 - 03/04/2012




UMA INTRODUÇÃO ÀS DOUTRINAS BÁSICAS DA FÉ CRISTÃ



 
TEONTOLOGIA Nº 3 e 4 – A EXISTÊNCIA DE DEUS E SUA REVELAÇÃO – O CONHECIMENTO DE DEUS (I Pe 3.15)

INTRODUÇÃO:
As questões que dizem respeito à realidade de Deus não são discutidas nas Escrituras. Sua existência é fato estabelecido. A Bíblia não procura oferecer nenhuma prova racional quanto à existência de Deus. Ao contrario ela já começa tomando sua existência como básica: “no principio criou Deus” GN 1.1. Deus existe antes de tudo e de todos! É a declaração incontestável das Escrituras.
1-                  A REVELAÇÃO DE DEUS:
No Antigo Testamento a palavra Hebraica que traduz revelação é “gãlãh” e é usada para comunicar a revelação que Deus faz de si mesmo às pessoas, AM 3.7. no Novo Testamento a palavra grega “apokalupsis” está associada à idéia de tornar conhecida o evangelho GL 1.12, e o próprio Deus, 1ª TM 3.16; JO 1.18. Assim as Escrituras apresenta uma teologia que estuda a revelação e a manifestação que Deus faz de si mesmo e de sua vontade aos homens.
2- A NECESSIDADE DA REVELAÇAO DE DEUS:
Segundo as Escrituras, Deus é conhecido somente através da sua auto-revelação. À parte disso, o homem não é capaz de conhecê-lo. Essa necessidade envolve dois fatores:
A-      O FATOR IMPLICITO: Que diz respeito ao que Deus é em sua natureza infinita, 1ª TM 3.16; JO 4. 23,24.
B-      O FATOR EXPLICITO: que diz respeito a incapacidade do homem conhece-lo por si mesmo em sua natureza incomensurável, EX 33.20; JO 1. 18; 1ª JO 4.12.
3- A REVELAÇAO DE DEUS AOS HOMENS:
A revelação de Deus é uma comunicação pessoal e o objetivo divino é que o conheça de modo real e pessoal. A revelação é um instrumento de comunicação de Deus ao homem. Na sua revelação Deus ajuda aos homens a compreenderem sua natureza e propósitos, DT 4.29; JR 33.3. há níveis diferentes dessa revelação, quer particular quer coletiva, GN 2.16; 3.8,9; 12.1; 15.1; 18.16; EX 3.4; 19.3,9; 1º SM 3.1; IS 6.1.
A- A REVELAÇÃO ATIVA: É a revelação direta de Deus que se dá a conhecer aos homens, EX 3.1-6.
B- A REVELAÇÃO PASSIVA: É o conhecimento de Deus que é passado de geração a geração, DT 4.10.
4- CATEGORIAS PRIMÁRIAS DA REVELAÇAO DE DEUS AOS HOMENS:
A- A REVELAÇAO GERAL: SL 8; 19.1; RM 1.8-21. Envolve a revelação que Deus faz de si mesmo a todos os homens em toda a parte. Há um testemunho da natureza e da razão humana. Essa teologia natural envolve duas formas distintas da revelação:
·         REVELAÇAO EXTERNA NA CRIAÇÃO: que proclama o poder, a sabedoria e a bondade de Deus aos homens.
·         REVELAÇÃO INTERNA: A razão e a consciência de cada individuo RM 2.16; JO 1.9.
B- A REVELAÇÃO ESPECIAL:  o cristianismo reconhece como revelação especial tanto o verbo vivo quanto a palavra escrita. Essa revelação é coroada pela encarnação do verbo vivo, JO 1.1,14, 17, 18; 14.8,9; HB 1.1-3, e pelo registro da palavra nas Escrituras, 1ª CO 14.37; 2ª TM 3.16. Sendo essas revelações o desvendamento que Deus faz de si mesmo de imediato e sobrenatural. O logos encarnado revelou o Pai. A palavra falada registrou essa revelação e o seu progresso, HB 1.1-3; 2ª PD 1.20,21; GL 1.12.
A-      O OBJETIVO DIVINO COM A REVELAÇÃO: direcionar o homem rumo ao seu destino original que é: Conhecê-lo amá-lo e adorá-lo, IS 43.7; SL 22.22; 149.6.
B-      Há muitas escolas céticas que buscam negar a realidade de Deus na vida dos seres humanos, e todas elas com seus esforços, reforçam ainda mais a realidade inegável da existência de Deus e sua revelação. Tudo o que existe procede de Deus, ele é o fator primário da existência, não há como desvincular-se Dele. O homem se debate e um dia o seu fim será diante do Senhor.
V-O CONHECIMENTO DE DEUS:
O CONHECIMENTO DE SUA PESSOA E VONTADE:
INTRODUÇAO: os nomes nas Escrituras pessoais e próprios, não eram apenas um apelativo para distinguir uma pessoa da outra. Eles eram carregados de significados que dizia respeito ao caráter do individuo, e por isso são abundantes no Antigo e Novo Testamentos. Os vocábulos “sem” do Hebraico e “onoma” do grego aparecem por 1770 vazes na Bíblia.
1-       NOMES PESSOAIS E PRÓPRIOS: Nabal 1º SM 25.25; Jacó GN 25.26; Eva GN 3.20; Babel GN 11.9.
2-       O CARATER MERITÓRIO DO NOME: Abrão e Abraão GN 17. 5; Jacó GN 32.28; 35.10,18; 41.45, quando se mudava o nome de alguém mudava o rumo de sua vida.
3-       O CARATER PESSOAL DO NOME: Identificava-se com a própria pessoa, SL 41.5; EX 32.32; EX 33.17; JO 10.3-11.
OS NOMES GENÉRICOS E ESPECIAIS DE DEUS E SUA AUTO-REVELAÇÃO:
1-       OS NOMES E SUA AUTO-REVELAÇÃO: Deus se deu a conhecer nas Escrituras através dos muitos nomes com os quais se revelou:
A-      YAHWEH YIREH – O SENHOR PROVERÁ, GN 22.14.
B-      YAHWEH ROPH’EKHA – O SENHOR QUE SARA, EX 15.26.
C-      YAHWEH SHALOM – O SENHOR É PAZ, JZ 6.24.
D-      YAHWEH RA’AH – O SENHOR É PASTOR, SL 23.1.
E-      YAHWEH TSIDKENU- O SENHOR JUSTIÇA NOSSA, JR 23.6.
F-      YAHWEH NISSI- O SENHOR É MINHA BANDEIRA, EX 17.15.
G-     YAHWEH SHAMMAH- O SENHOR ESTÁ ALI, EZ 48. 35.
2-       OS NOMES GENÉRICOS: São aqueles que se aplicam também às divindades pagãs. Isto ocorre pela aproximação entre as línguas semíticas e o hebraico. São três os nomes genéricos: El, El Elyon e Eloah cujo plural é Elohim.
A-      EL- DEUS. Significa ser forte. Nas nossas Bíblias em português  aparece a palavra Deus.
·         EL BERIT- DEUS DA ALIANÇA, GN 31.13; 35.1-3.
·         EL OLAM- DEUS ETERNO, GN 21. 33;IS 40.28.
·         EL RO’I- DEUS DA VISTA, GN 16.13.
·         EL ELOE YISRAEL- DEUS- DEUS DE ISRAEL.
·         EL BETEL- DEUS DE BETEL, GN 31. 13; 35.7.
B-      EL ELYON – DEUS ALTISSIMO.  Elyon  significa subir, ser elevado, é um termo usado para descrever a grandeza das coisas. No caso de Deus apresenta o Deus glorioso ao seu povo, GN 14.19,20; IS 14.14; NM 24.16; SL 7.17.
C-      ELOHIM E ELOHA – DEUS. O singular ocorre pro 57 vezes no A.T ao passo que o plural ocorre por 2555 vezes. Diz respeito ao criador do universo, o ser todo poderoso.
3-OS NOMES ESPECIFICOS: os nomes específicos são: El Shaday, Adonay, yahweh.
A- EL SHADAY- o Deus Todo poderoso. Representa aquele que é auto-suficiente ao seu povo. É o nome pelo qual Deus se revelou aos patriarcas, EX 6.3.
B- ADONAY- SENHOR.  Expressa a soberania de Deus no universo, Senhor dos Senhores, DT 10.17, e a suprema posição do criador em todo o universo, GN 18.3; IS 3.18; 6.1; DN 9.16.
C- YAHWEH – SENHOR. Esse nome aparece quase sete mil vezes no A.T e é a designação freqüente de Deus na Bíblia. Baseado na forma da pergunta que Moisés fez a Deus o nome significa “EU SOU AQUELE QUE EXISTE” EX 3. 11-15. Moisés não perguntou como te chamarei como és tu? E Deus respondeu: Eu sou o que sou, ou serei o que serei, ou sou quem sou.
D- ABBA – PAI. Um termo aramaico para designar uma relação filial: Deus é chamado de:
·         Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, 1ª PD 1.3.
·         Pai das misericórdias, 2ª CO 1.3.
·         Pai celestial, MT 6.32; 18.35.
·         Abba pai, MC 14.36.
·         Pai dos espíritos, HB 12.9.
·         Pai Santo, JO 17.11.
·         Pai justo, JO 17.25.
·         Pai das luzes,  TG 1.17.
·         Pai da gloria, EF 1.17.
·         Pai da eternidade, IS 9.6.
·         Pai dos órfãos, SL 68.5.
4-       DEUS SE DÁ A CONHECER CONFORME AS ESCRITURAS:
A-      As Escrituras afirmam que Deus pode ser conhecido por que ele se revela a si mesmo.
B-      O conhecimento de Deus revelado ao homem é aquele que satisfaz a fome da natureza espiritual.
C-      O conhecimento revelado resulta em adoração e obediência inteligente à sua vontade.
D-      O conhecimento de Deus é discernimento que habilita o conhecedor a reconhecer as verdadeiras manifestações da Deus.
E-      A finalidade das Escrituras é a de fazer Deus conhecido pelo homem em suas atividades na historia e nas experiências que homens e mulheres fiéis tiveram com Ele, RM 1.19.
Conclusão: Se faz necessário que conheçamos ao Senhor em suas revelações que ele faz de si mesmo. Que tenhamos a capacidade de sintoniza-lo em nossa alma mesmo em meio as adversidades da vida, pois ele sempre esta ali.
BIBLIOGRAFIA:
House, Paul R. Teologia do Antigo Testamento. VIDA, Rio de Janeiro.
Champlin, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Candeia, 2000, São Paulo.
Bergstén, Eurico. Teologia sistemática. CPAD, 2010 – Rio de Janeiro.
Bancroft, E. H. Teologia Elementar. EBR, 1999, São Paulo.

Pr. Aldo José Galina – 3437-3807

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