UMA INTRODUÇÃO ÀS DOUTRINAS BÁSICAS DA FÉ CRISTÃ
TEONTOLOGIA
Nº 2 – OS ATRIBUTOS DE DEUS: A REALIDADE DE SUA
PERSONALIDADE.
INTRODUÇAO:
Os atributos de Deus são aquelas
características essenciais, permanentes e distintas que podem ser afirmadas a
respeito de seu ser. Seus atributos são suas perfeições, inseparáveis de sua
natureza que condicionam seu caráter. Logo, atributo se define como aquela
qualidade ou característica essencial de uma pessoa. Os atributos de uma pessoa
lhe são tão essenciais que, sem eles, ela não poderia ser o que é.
1-
CLASSIFICAÇÃO DOS ATRIBUTOS DE DEUS:
Os teólogos definem de forma diferente os
atributos de Deus. O mais objetivo e prático é Bancroft que classifica em
atributos naturais e morais. Há atributos que são exclusivamente de Deus, são
únicos, e há atributos que são comunicados aos homens como seres que refletem a
imagem de Deus, que são os atributos morais.
2-
OS ATRIBUTOS NATURAIS:
Os atributos naturais de Deus são todos
aqueles que pertencem à sua existência como Espírito Infinito e Racional.
A-
ONIPRESENÇA: O vocábulo
“onipresença” deriva de dois vocábulos latinos: “omnes” que significa tudo e
“praesum” igual a estar próximo ou presente. Embora Deus esteja em todo o lugar
ele não habita todo o lugar. De que maneira Deus está?
·
Em gloria para as hostes celestiais IS 6.1-3.
·
Eficazmente na ordem natural NA 1.3.
·
Providencialmente nos assuntos relacionados
aos homens SL 68.7,8.
·
Atentamente àqueles que o buscam MT 18. 19,20;
AT 17.27; SL 139.
·
Judicialmente à consciência dos homens GN 3.8;
SL 68.1; RM 2.15.
·
Misticamente na igreja EF 2.12,22.
·
Oficialmente com seus enviados MT 28. 19,20.
B-
ONISCIENÊNCIA: deriva de dois
termos latinos: “omnes” tudo e “scientia” que significa conhecimento. Deus
conhece todas as coisas, HB 4.13; 1º SM 16.7.
·
A Onisciência de Deus é inescrutável, JÓ 11.
7-15; DT 29.29; RM 11. 33-35.
·
A Onisciência de Deus é aplicada aos atos do
seu povo, SL 139. 2,11,13; JR 16.17.
·
A Onisciência de Deus é perfeita JÓ 37.16.
C-
ONIPOTÊNCIA: A palavra deriva de
dois termos latinos, “omnes” e “potentia” que juntas significa todo o poder.
Deus nunca fará coisa alguma contraria a sua natureza.
·
Deus não pode negar-se a si mesmo, 2ª TM 2.
13.
·
Não pratica o mal, TG 1. 13; Deus fará sempre
aquilo que estiver de acordo com sua natureza, EX 32.7-14.
·
Deus declara sua Onipotência GN 17.1.
·
Os homens afirmam essa Onipotência, JÓ 42.2.
·
A Onipotência de Deus aplicadas as suas
promessas, LC 1.37.
Os atributos morais são aquelas qualidades de
seu caráter através das quais, Deus se relaciona com suas criaturas.
A-
SANTIDADE: A Santidade de Deus é a soma de todas as suas
qualidades morais. É o seu atributo mais destacado e exaltado, pois expressa a
majestade de sua natureza e de seu caráter moral, EX 15. 11; LV 11.44; JS
24.19; 1ª PD 1.15,16. A Santidade de Deus envolve duas idéias: Ele é
perfeitamente justo e bom. E há fidelidade em todos os seus atos. A
manifestação de sua Santidade declara que Deus:
·
Aborrece o pecado, HC 1.13; GN 6.5,6.
·
Se deleita naquilo que é Santo e reto, PV
15.9; LV 20. 7,8.
·
Está separado do pecador não arrependido, IS
59.1,2; EF 2.13.
·
É exaltado em sua graça e seu amor, RM 5. 5-8;
JO 3.16.
·
Forma o temor no coração do cristão, HB
12.28,29.
B-
MISERICORDIA: A Misericórdia de
Deus é a qualidade de seu caráter que o capacita a perdoar o pecado sem, no
entanto tolera-lo. TT 3.5; LM 3.22; IS 49.13.
C-
JUSTIÇA: A justiça de Deus é sua Santidade em ação, SF
3. 5; SL 145. 17; JR 12.1; JO 17. 25; ED 9. 15. A justiça se manifesta
quando:
·
Livra o inocente e pune o culpado, IS 11. 3-5.
·
Julga e castiga seu povo IS 8.17; AM 3.2.
·
Perdoa o penitente, SL 51; 1ª JO 1.9; HB 6.
10.
D-
AMOR: Deus é amor, 1ª JO 4.8-16. o amor de Deus é perfeito por que
está ligado a uma bondade perfeita. O amor de Deus é dirigido:
·
Ao filho como objeto único e impar de sua
afeição, MT 3.17; 17.5; LC 20.13; JO 17. 24.
·
Àqueles que pela fé unidos a seu filho, JO 3.
16; 16.27; 14.21.
·
A toda a raça humana, JO 3.16; 2ª PD 3.9.
·
Ao pecador, RM 5.6-8; EZ 33. 11; EF 2. 4,5.
E- FIDELIDADE: Ele é absolutamente digno de confiança. As suas palavras não falharão,
EX 34.6; NM 23.19; DT 4.31; HB 6.18. por ser ele fiel, é impossível pensar que
ele possa abandonar seus filhos quando estiverem em aflição, 1ª CO 10.13.
F- BONDADE: Através de sua bondade ele concede vida e muitas outras bênçãos às
suas criaturas, SL 25.8; NA 1.7; SL 145. 9; RM 2.4; MT 5.45; AT 14. 17.
F- IMUTABILIDADE: Deus é imutável em sua natureza, TG 1.17; ML
3. 6; 1º SM 15. 29; SL 102. 26,27.
CONCLUSÃO:
Concluímos por essas observações que Deus é uma personalidade divina
real, autentica, que se relaciona com suas criaturas, sempre no afã de
restaurá-los e faze-los adquirir aquela perfeição perdida na queda. Deus
objetiva fazer-nos ser iguais a si mesmo.
Pr. Aldo José Galina – 3437-3807
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